colectivo a postos
  • Bem-vindos
    • AGENDA >
      • 2022 >
        • Exposição Meia Laranja-Hermano Noronha
        • Mostra de Artistas
      • 2021 >
        • ᴍᴏsᴛʀᴀ ᴅᴇ ᴀʀᴛɪsᴛᴀs
        • 25 ᴬ ᶜᴼᴹᴱᴹᴼᴿᴬᴿ ᴬᴮᴿᴵᴸ
        • ᴬᴿᵀᴱ ᴬ ᴾᴼˢᵀᴼˢ 29 ᴹᴬᴵᴼ 2021 ▓ ᴼᴺᴸᴵᴺᴱ
        • ᴼᴺᴰᴬˢ ᴰᴱ ᴹᵁ́ˢᴵᶜᴬ 26.06.2021 ᴼᴺᴸᴵᴺᴱ
  • Sobre nós
    • Manifesto
    • História
    • Eduardo Salavisa (1950-2020)
    • CONTACTOS >
      • PRIVACIDADE E TRATAMENTO DE DADOS
    • Newsletter
  • Mais Cultura
    • "Abelhudices culturais" >
      • documentários >
        • JOSÉ SARAMAGO, LEVANTADO DO CHÃO ALBERTO SERRA | RTP 2008
        • "Vergílio Ferreira: Retrato à Minuta" | Diana Andringa e Miguel Soares | Produção Fátima Cavaco e Paulo Cardoso | RTP 2 | 1996
        • A VIDA NUM DIA | REALIZADOR: KEVIN MACDONALD | PRODUTOR: RIDLEY SCOTT | SI | YOUTUBE |2021
        • Iron Brothers - Irmandade de Ferro | Nuno Cibrão | RTO | 2020
        • AGOSTINHO DA SILVA - UM PENSAMENTO VIVO | JOÃO RODRIGO MATTOS | JORGE NEVES | RTP2 | 2003
        • Não Me Obriguem a Vir para a Rua Gritar | Produção: Miguel Manaças | Realização: José Pedro Moreira| RTP|2007
      • outras coisas mais >
        • Biosfera - Alterações Climáticas na Península Ibérica | ep. 2 | 09 Jan. 2021 | temporada 19
        • Eduardo Salavisa. A drawer of the daily / Um desenhador do quotidiano | José Alfaro | Produção: Bicho-do-Mato | 2012
        • Tarefas agrícolas em Fevereiro: Saiba o que fazer no campo, horta e jardim | Rosa Moreira | acientistaagricola.pt
        • The Making of "The Very First Book" (Handmade Book) | Paulo Galindro | Música: Marc Parchow | Livro: Marc Parchow, Conceição Candeias, José Carlos Dias | Qual Albatroz | 2014
        • LOBO, BRUNO. MOREIRA, ANDRÉ. (2020, OUTUBRO 30). “É UMA ATROCIDADE CONTRA O PLANETA E CONTRA A ESPÉCIE HUMANA”. OCEANO DE ESPERANÇA. VISÃO.
        • WEBINAR #namorarsemviolência | COMISSÃO PARA A CIDADANIA E IGUALDADE DE GÉNERO |2021na
        • Play a Kandinsky | Google Arts & Culture
      • textos >
        • A história nunca contada dos portugueses nos campos de concentração | Texto: Patrícia Carvalho | Fotografia: Nelson Garrido | 2014 | Revista 2 do Público
        • André, Ana Catarina (2021, Janeiro 04 ). Impõe-se uma redescoberta do jornalismo. Blog . Fundação Francisco Manuel dos Santos
    • + LEITURA

22 a 30 de junho

Imagem
​Hermano Noronha | Biografia
Hermano Noronha (1967) é mestre em Criação Artística Contemporânea, pela Universidade de Aveiro, pós-Graduado em Fotografia, projeto e Arte Contemporânea, pelo IPI-Atelier de Lisboa e licenciado em Educação Física e Desporto. Em 2015 é finalista no prémio Internacional EI Awards 2015 - Encontros da Imagem, sendo selecionado como artista CreArt para a Exposição Europeia 2015, com o projeto “Aveirense”. Em 2014 recebe a Bolsa Estação Imagem Mora 2014 e inicia o projeto “Presente”, frequentando também o curso “Da Ideia ao Projeto” sob orientação de Virgílio Ferreira no Museu Côa. No mesmo ano é ainda convidado para a Coordenação Científico-Artística da Residência Artística “Conviver na Arte 2014 – Campo de Estudos”, da Fundação Robinson. Em 2013 participa como Fotógrafo Emergente no Projeto “Entre Margens”, promovido pela Fundação Museu do Douro e coletivo Kameraphoto…. Em 1990, começa a trabalhar colaborando como fotógrafo na revista AI – Amnistia Internacional, na secção portuguesa.
No prefácio à obra, escreve Álvaro Garrido, Professor da Universidade de Coimbra e consultor do Museu Marítimo de Ílhavo:

“Meia-Laranja”, termo náutico comum a diversos lugares portuários ou de saída para o mar, é uma expressão que vai muito além do seu sentido mais literal: escotilha de serventia à antecâmara de um navio, segundo a definição comum dos dicionários. Literalmente, ainda pode designar um lugar, ou pedaço de território, em forma de semi-círculo.

A imaginação estética de Hermano Noronha e a sua apurada sensibilidade humana levaram-no a escolher este dueto de palavras como conceito aglutinador de um projecto fotográfico capaz de exprimir a poética de um território e de captar os seus marcadores simbólicos. Se a ideia foi fecunda, o processo criativo foi inclusivo e embrenhado na comunidade. O resultado artístico é belo e interpelante.

Quem conhece a Praia da Barra, em Ílhavo, e já percorreu o molhe da Meia-Laranja ao vento agreste que ali faz, compreende bem a densidade cultural e a carga semiótica desta expressão. No imaginário local e de toda a região lagunar de Aveiro permanecem vivas e contundentes as imagens associadas ao lugar: os lugres bacalhoeiros, de pano aberto, saindo a barra, esguios e imponentes, e as mulheres dos seus tripulantes, correndo e acenando no paredão, em choros copiosos. Ílhavas, gafanhoas, murtoseiras, nazarenas, competindo na saudade, quais viúvas de vivos. No ansiado regresso, eram idênticas as reacções e maior o drama.

A “Meia-Laranja” – aquela e não outra – é assim um lugar e um “não-lugar”, simultaneamente. Esta dicotomia de sentidos condensa a ideia que deu corpo a um projecto fotográfico que tomou como matéria de eleição as memórias desencontradas da grande pesca, na sua permanente hesitação entre o drama e a epopeia.

Na sequência de trabalhos anteriores em que expressou a sua inquietação artística pelas meta-narrativas da sociedade portuguesa – memórias traumáticas, que flutuam entre a exaltação e o recalcamento –, Hermano Noronha voltou a puxar pelo fio da memória das guerras coloniais. Desta vez, a guerra de África é invocada na sua mítica relação com a pesca do bacalhau. É este o ponto nodal do projecto e é este o exorcismo libertador que o artista nos propõe.

A estranha e lendária ligação entre esses dois mundos distantes e cruéis – os matos africanos e os mares do norte – manteve-se através de um obscuro diploma legal publicado em 1927, por obra da Ditadura Militar que precedeu o Estado Novo. Preparando o caminho para o ansiado “ressurgimento” de uma indústria nacional do bacalhau e oferecendo aos armadores crédito barato e alguma ordem no recrutamento das tripulações, o Governo penalizava como “desertores” os pescadores que faltassem ao embarque. Além disso, o Decreto nº 13 441, de 8 de Abril, definia incentivos para os mancebos interessados em matricular-se em navios nacionais destinados à pesca do bacalhau que, à época, só garantia dez por cento do consumo nacional. Desde que fizessem prova de matrícula nas capitanias dos respectivos portos, os mancebos podiam adiar o seu alistamento militar até ao limite de vinte e seis anos de idade. Além disso, aqueles que provassem ter cumprido, pelo menos, seis campanhas consecutivas de pesca nos mares da Terra Nova seriam dispensados de cumprir serviço militar e transferidos para a “reserva naval”. O Decreto foi cumprido marginalmente durante largos anos, mas adquiriu uma enorme importância quando rebentou a guerra em Angola, em 1961. A dificuldade que então já se sentia para recrutar homens para o bacalhau devido à emigração para França apressou o Estado a usar a velha lei como incentivo ao recrutamento. Confrontados com o dilema da opção por uma de duas guerras, muitos foram os homens que preferiram os icebergues aos matos. É desse drama humano, dessas realíssimas histórias de vida que esta exposição também nos fala.

As imagens são intensas e preocupadas com a inserção dos testemunhos no seu contexto simbólico. A presença regular de figuras humanas que viveram a aventura da pesca longínqua nos mares frios da Terra Nova, do Labrador e da Gronelândia coabita com a descoberta de inusitadas marcas de maritimidade que habitam no território e na alma ilhavenses. Nesta exposição feita de diálogos plurais com a memória, os narradores que revisitam o seu próprio passado são retratados na primeira pessoa, compondo um arquivo humano que se declara contra o esquecimento.”
Imagem
​CURIOSIDADE A marca, mais precisamente o centro da cruz (+), materializa um ponto coordenado (no limite, latitude e longitude) e, eventualmente, cotado (altitude) pela Brigada Hidrográfica nº2 (BH"), do Instituto Hidrográfico (IH), muito provavelmente, no âmbito de um levantamento hidrográfico levado a efeito na zona. Foi identificado como a marca 9/87 (n.º 9 de 1987). No IH, na sua base de dados de pontos coordenados, constará a respetiva ficha.

Onde?

EB/JI Fausto Cardoso de Figueiredo
Avenida de Portugal
2765-272
​Estoril
Powered by Create your own unique website with customizable templates.
  • Bem-vindos
    • AGENDA >
      • 2022 >
        • Exposição Meia Laranja-Hermano Noronha
        • Mostra de Artistas
      • 2021 >
        • ᴍᴏsᴛʀᴀ ᴅᴇ ᴀʀᴛɪsᴛᴀs
        • 25 ᴬ ᶜᴼᴹᴱᴹᴼᴿᴬᴿ ᴬᴮᴿᴵᴸ
        • ᴬᴿᵀᴱ ᴬ ᴾᴼˢᵀᴼˢ 29 ᴹᴬᴵᴼ 2021 ▓ ᴼᴺᴸᴵᴺᴱ
        • ᴼᴺᴰᴬˢ ᴰᴱ ᴹᵁ́ˢᴵᶜᴬ 26.06.2021 ᴼᴺᴸᴵᴺᴱ
  • Sobre nós
    • Manifesto
    • História
    • Eduardo Salavisa (1950-2020)
    • CONTACTOS >
      • PRIVACIDADE E TRATAMENTO DE DADOS
    • Newsletter
  • Mais Cultura
    • "Abelhudices culturais" >
      • documentários >
        • JOSÉ SARAMAGO, LEVANTADO DO CHÃO ALBERTO SERRA | RTP 2008
        • "Vergílio Ferreira: Retrato à Minuta" | Diana Andringa e Miguel Soares | Produção Fátima Cavaco e Paulo Cardoso | RTP 2 | 1996
        • A VIDA NUM DIA | REALIZADOR: KEVIN MACDONALD | PRODUTOR: RIDLEY SCOTT | SI | YOUTUBE |2021
        • Iron Brothers - Irmandade de Ferro | Nuno Cibrão | RTO | 2020
        • AGOSTINHO DA SILVA - UM PENSAMENTO VIVO | JOÃO RODRIGO MATTOS | JORGE NEVES | RTP2 | 2003
        • Não Me Obriguem a Vir para a Rua Gritar | Produção: Miguel Manaças | Realização: José Pedro Moreira| RTP|2007
      • outras coisas mais >
        • Biosfera - Alterações Climáticas na Península Ibérica | ep. 2 | 09 Jan. 2021 | temporada 19
        • Eduardo Salavisa. A drawer of the daily / Um desenhador do quotidiano | José Alfaro | Produção: Bicho-do-Mato | 2012
        • Tarefas agrícolas em Fevereiro: Saiba o que fazer no campo, horta e jardim | Rosa Moreira | acientistaagricola.pt
        • The Making of "The Very First Book" (Handmade Book) | Paulo Galindro | Música: Marc Parchow | Livro: Marc Parchow, Conceição Candeias, José Carlos Dias | Qual Albatroz | 2014
        • LOBO, BRUNO. MOREIRA, ANDRÉ. (2020, OUTUBRO 30). “É UMA ATROCIDADE CONTRA O PLANETA E CONTRA A ESPÉCIE HUMANA”. OCEANO DE ESPERANÇA. VISÃO.
        • WEBINAR #namorarsemviolência | COMISSÃO PARA A CIDADANIA E IGUALDADE DE GÉNERO |2021na
        • Play a Kandinsky | Google Arts & Culture
      • textos >
        • A história nunca contada dos portugueses nos campos de concentração | Texto: Patrícia Carvalho | Fotografia: Nelson Garrido | 2014 | Revista 2 do Público
        • André, Ana Catarina (2021, Janeiro 04 ). Impõe-se uma redescoberta do jornalismo. Blog . Fundação Francisco Manuel dos Santos
    • + LEITURA